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Os reflexos de uma comunicação ruim

Os reflexos de uma comunicação ruim

O avanço das tecnologias facilitou os processos comunicacionais – seja no cotidiano particular de cada um ou em ambientes corporativos. No entanto, apesar do maior número de canais e facilidade de acesso aos mesmos, há ainda grandes barreiras a serem observadas. Já sabemos que a comunicação presencial é muito mais efetiva do que por meios como telefone, whatsapp ou e-mail. Mas se a tecnologia ganha espaço e simplifica processos, é preciso também estar atento à clareza das informações transmitidas e evitar “ruídos”. Estudo da “The Economist” aponta os principais problemas decorrentes de uma comunicação ruim. Confira reportagem do jornal Valor Econômico:


As maiores barreiras de comunicação no trabalho*


*Letícia Arcoverde; jornal Valor Econômico em 13/4/2018

Os funcionários hoje têm mais ferramentas para se comunicar do que nunca – do telefone à videoconferência, passando por aplicativos de mensagem instantânea e redes sociais corporativas – mas isso não quer dizer que a comunicação dentro das empresas tenha se tornado mais efetiva.

Segundo um levantamento da The Economist Intelligence Unit, braço de pesquisa da revista “The Economist”, e da empresa de design Lucidchart, mais da metade dos funcionários reportam gastar algumas horas por semana resolvendo questões decorrentes de falhas na comunicação, causadas principalmente pela dificuldade de entender estilos diferentes de comunicação e pela falta de clareza nas ordens de superiores. As consequências mais comuns são o aumento do estresse no trabalho e projetos atrasados.

Mais da metade (55%) diz perder algumas horas da semana resolvendo problemas causados por falhas na comunicação — 16% chegam a passar mais de um dia por semana fazendo isso, e apenas 3% não dedicaram tempo a tarefas desse tipo recentemente.

Segundo os profissionais, o principal motivo das falhas de comunicação são estilos de comunicação diferentes (42%), a falta de clareza na distribuição de responsabilidades (34%) e a pressão por entregas mais rápidas (31%). Também foram citadas a falta de liderança forte (29%) e problemas pessoais entre colegas (27%).

Sentir mais estresse por causa do trabalho é a consequência mais frequente de uma comunicação ruim, na opinião de 52% dos profissionais, enquanto 44% também citam atrasos e fracassos de projetos. Receber instruções pouco claras de um superior e comparecer a muitas reuniões pouco produtivas estão entre as situações consideradas mais estressantes.

A pesquisa aponta ainda que a média gerência é o nível mais afetado por problemas de comunicação — 49% deles dizem que sentem as consequências dessas falhas com frequência, na comparação com 28% dos altos executivos. Para Art Markman, professor de psicologia e marketing da Universidade de Texas em Austin, profissionals de média gerência acabam tendo que fazer a ponte entre diversos níveis da empresa, o que torna a comunicação um elemento constante da rotina. “Os gerentes médios têm o pior dos dois mundos”, afirma.